13 abril, 2012

(Des)apaixonada

Hoje acordei a meio da noite desapaixonada.Sentia uma vazio tão grande que era até absurdo. Os meus amores antigos são agora isso mesmo,antigos,remetidos num passado fechado e selado.Não gosto de ninguém nessa forma de paixão louca, apenas amo aqueles que me são mais próximos, a minha mãe,pai e o meu irmão e alguns seres da minha família que adoro.
Esta cidade está carregada de memórias, mas são apenas isso, memorias que começam a ficar cristalizadas,onde não posso mais tocar. Mas ninguém pode viver de memorias nem ficar acorrentado a um passado. ´
Tenho saudades de estar apaixonada, de gostar de alguém e quase perder a alma por essa pessoa,daquele formigueiro que se sente antes de ver essa pessoa,mas ninguém pode viver de ausências e de pseudo relações que jamais foram construídas e que não é  agora que o serão.
Actualmente apenas estou acorrentada apaixonadamente pelos livros, sinto me novamente com 15 anos quando vive exclusivamente para estudar.Mas estas paixões também são optimas,estar-se apaixonado e motivado pelo que se estuda é maravilhoso,mas obviamente não chega.
Hoje não posso dizer "sonhei contigo", ou "estás sempre no meu pensamento" não é verdade.Apenas me lembro de alguém quando à noite me sinto sozinha,mas poderias ser tu ou ser ele ou o outro,é apenas uma necessidade de falar,de desabafar e de me sentir menos só.
Não me esqueço porém das pessoas que amei, estão no meu coração, mas se é que é possível, apenas estão naquela zona em que se olha e se sorri levemente, uma mistura de amizade e nostalgia ou de respeito.
Como posso eu continuar a amar tão intensamente alguém que não está ao meu lado? Talvez seja muito nova e não tenha atingido esse estado de continuar a amar alguém a milhares de km de distancia,e depois se fosse isso, não há mais nada  por onde se amar o porque de se amar.
Ontem olhei as vossas fotos, e nada aconteceu, nada, foi quase como que olhar para uma foto de alguém conhecido da faculdade com vidas á parte. Certamente na minha vida não estão, nem fotos comigo existem sequer! O que chega,se pensar seriamente nisso, a ser um tanto ridículo. Dizem que o amor é ridículo, de facto é um bocadinho verdade. 
Este sentimento não é bonito,  o vazio nunca é bonito, mas uma vez li em algum lado que o fim de algo pode ser o inicio de outra coisa qualquer. Porém esta sensação não é boa, quando choramos,gritamos,rimos ou berramos estamos a expressar emoções.Ter a face tão neutral, ser-se tão indiferente é qualquer coisa que nos torna menos humano. Já passei por isto antes,antes de mudar a minha vida e vir para o Porto, não deixa de ser irónico estar a sair da cidade,uma nova etapa da minha vida estar a chegar ao fim e voltar a sentir todas estas sensações novamente.Como que uma tábua rasa, sem nada, pronta para algo novo que se possa avizinhar num novo capitulo da minha vida que eu estou pronta para começar a viver...

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